quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Bradiarritmias

Bradiarritmias
Ritmos de Escape
É quando o nódulo SA falha, e um novo foco automático assume o comando do ritmo cardíaco.

Bradiarritmias Sinusais
Cd: atropina.

Bloqueio Átrio-Ventricular (BAV)
Pode ser supra-Hissiano (QRS estreito, bom prognóstico e responde a atropina), intra-Hissiano (QRS estreito com sintomatologia e mau prognóstico) e infra-Hissiano (QRS alargado; mau prognóstico).

1- BAV 1o Grau
Lentificação da condução AV.
Aumento do espaço PR (maior que um quadradão).
Pode ser supra-Hissiano ou infra-Hissiano.

2- BAV 2o Grau – Mobitz I
BAV 2o Grau: Existem ondas P sem QRS (ondas P bloqueadas).
Classificação: pode ser 2:1, 3:2, 4:3 etc (Ps:QRSs). Conta de um bloqueio (isoelétrico) a outro. Sempre há UMA onda P a mais que o número de QRSs.
Mobitz I: Existe um (fenômeno de Wenckebach) aumento progressivo do espaço PR até o bloqueio.
Cd: Atropina EV (em pacientes sintomáticos).
Em assintomáticos, observar. Marcapasso nos casos recidivantes.

3- BAV 2o Grau – Mobitz II
Existem ondas P sem QRS (ondas P bloqueadas).
Classificação: pode ser 2:1, 3:2, 4:3 etc (Ps:QRSs). Conta de um bloqueio (isoelétrico) a outro. Sempre há UMA onda P a mais que o número de QRSs.
Mobitz II: Não há um (fenômeno de Wenckebach) aumento progressivo do espaço PR até o bloqueio.
Em geral, tem QRS alargado.

3- BAV 2o Grau 2:1*
QRS estreito e com PR alargado: supra-Hissiano e benigno.
QRS anômalo e sem PR alargado: infra-Hissiano e maligno – indica marcapasso.
QRS estreito e sem PR alargado ou QRS anômalo e com PR alargado podem ser supra, intra ou infra-Hissiano.
Cd: Marcapasso trasvenoso provisório de urgência. Teste ergométrico, Prova da Atropina e Estudo Eletro Fisiológico (EEF).

4- BAV Avançado
Apresenta mais de uma onda P bloqueada. Ondas P seqüenciais.
Pode haver MAIS DE UMA onda P a mais que o número de QRSs.
Cd: Marcapasso trasvenoso provisório de urgência.

5- BAV Total ou de 3o Grau (BAVT)
Total dissociação AV. PR varia totalmente.
O ritmo das ondas P não tem nada haver com o ritmo dos complexos QRS.
Doenças relacionadas: Doença de Lenégre, IAM, endocardite, Chagas, colagenoses, cirurgia valvar, BAVT congênito etc.

BAV Malignos
BAV 2o Grau – Mobitz II, BAV Avançado e BAVT
QRS alargado (bloqueio infra-Hissiano) ou QRS estreito (bloqueio intra-Hissiano).
QC: síncope, cansaço, dispnéia.
CI: atropina.
Tratamento: marcapasso (mesmo que assintomáticos).

BRD
Onda R alargada em V1;
Onda S alargada em D1 e V6.

BRE
Onda R alargada + ausência de onda Q em D1 e V6;
Onda S alargada em V1.

Marca-Passo
Indicações:
Bradiarritmias benignas refratárias ao tratamento medicamentoso;
Bradiarritmias malignas (intra ou infra-Hissianas);
BAVT adquiridos (exceto pós-IAM) sintomáticos;
BAVT adquiridos (exceto pós-IAM) com ICC (e/ou Chagas);
BAVT adquiridos (exceto pós-IAM) FC menor que 40bpm ou pausa maior que 3s;
BAVT adquiridos pós-ablação AV;
BAVT pós-IAM persistentes;
BAV 2o Mobitz II com QRS alargado;
BAV 2o Mobitz I sintomático.

Marca-Passo definitivo deve ser implantado nas bradiarritmias crônicas, irreversíveis e que provocam sintomas ou aumentam o ritmo de morte súbita.

Morte Súbita e PCR
Causa mais comum de PCR reversível em adultos: cardiopatia isquêmica (doença coronariana aterosclerótica).
Cardiomiopatia hipertrófica é a cardiopatia mais comum de ser transmitida geneticamente e que mais comumente é encontrada em atletas com morte súbita (menos de 30 anos).
A doença coronariana arterial é a mais comum causa de morte súbita em todas as faixas etárias.

Ritmos cardíacos na PCR: Fibrilação Ventricular; Taquicardia Ventricular sem Pulso; Bradiarritmia; Assistolia; e AESP.

Atividade Elétrica sem Pulso (AESP)
Os miócitos param de contrair (ou perdem sua força), mesmo com atividade elétrica normal.
Causas: insuficiência respiratória grave, pneumotórax, tamponamento cardíaco, TEP maciço, IAM, toxicidade por drogas, hipovolemia, acidose, hipercalemia, hipotermia.
Cd: Entubação, ventilação, acesso venoso, massagem cardíaca, adrenalina, atropina...

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